A Rede Pague Express, que não possui sequer site na internet, é a responsável pela gestão de um mercado que movimenta R$360 milhões por mês.
O Bilhete Único, a integração tarifária e a implantação dos corredores Passa Rápido foram medidas significativas de estímulo ao transporte coletivo na capital implantadas pela gestão petista. Tanto que Marta Suplicy começou a distribuir os cartões (na cor vermelha) em 2004, ano de eleições municipais. A gestão tucana Serra-Kassab logo tratou de mudar a cor do bilhete, lançando a versão azul no meio da eleição presidencial para alavancar a campanha de seu candidato Geraldo Alckmin.
A tal fabricante de motos, em um comercial do modelo que se apresenta como alternativa popular ao “transporte público ruim”, traz o nojento slogan “Numa Honda tudo é ‘pop’, só não é ‘pop’ andar a pé”…
É lamentável que a Prefeitura de São Paulo permita a inserção de anúncios de desestímulo ao uso do transporte público no cartão que possibilita as viagens.
É lamentável que a Prefeitura permita o estímulo à poluição sonora e atmosférica no ano em que a consciência ambiental virou ‘pop’. Será que basta pagar alguns tostões para poder inserir anúncios no Bilhete Único dizendo “você ainda anda de ônibus, seu fracassado? Venha poluir usando transporte individual motorizado!”.
Ou será que Prefeitura não se julga responsável pelas ações de empresas que operam concessões públicas? Será que estas são as “regras do jogo” nos países subdesenvolvidos?
De certo, apenas a lembrança de Guy Debord: a moto, nada mais é, do que um subproduto do automóvel. Ela não tem nada a ver com bicicletas, transporte público nem com os pedestres.
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