Ciclofaixa é crime ambiental em Curitiba

(fotos: Antonio Neto, Ulrich Jäger, L Peters, João Carlos)

No Dia Sem Carro de Curitiba (PR), cerca de 50 pessoas (e duas fadas) participaram da Bicicletada local, a única atividade da jornada internacional de reflexão sobre o uso dos carros que aconteceu na cidade em 22 de setembro.

Além da pedalada para humanizar o trânsito, da panfletagem e das alegorias, os participantes da Bicicletada decidiram mostrar que a construção de estruturas cicloviárias não requer muito esforço nem dinheiro.

Com duas latas de tinta, alguns pincéis e um pouco de vontade, é possível construir uma estrutura prevista no Código de Trânsito Brasileiro: uma ciclofaixa.A pintura do solo que reserva um espaço preferncial (não exclusivo) aos ciclistas nada mais é do que um lembrete aos motoristas para que preservem a vida.

A atividade, que foi precedida de um convite à comunidade, transcorreu de forma pacífica e alegre, exceto pelo comportamento de alguns portadores de armas (motorizadas ou não).

Ciclofaixa pintada, três carros da Guarda Civil se aproximam do local procurando “o líder”. Os agentes da lei (alguns sem identificação) acabaram levando todos os participantes para a Delegacia do Meio Ambiente, alegando que os ciclistas estavam cometendo “crime ambiental” (!!!).

Como diz um dos relatos publicados sobre a Bicicletada de Curitiba, “espero que o final desta história seja feliz, com conscientização do poder público e da sociedade sobre a necessidade da democratização do trânsito para ciclistas, e aprofundamento do respeito verdadeiro ao meio ambiente”.

[relato no CMI]

[relato no pedaleiro]

[fotos Antonio Neto]

[fotos L Peters]

[pedido às autoridades curitibanas]

[carta ao Prefeito de Curitiba]

[abaixo-assinado por uma cidade mais tranqüila e saudável]

[vídeo: massa crítica na Rui Barbosa]

[vídeo: homenagem à jardinagem libertária]

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