Rua Pamplona, bairro nobre dos Jardins.
Para maximizar o número de vagas de estacionamento, a Droga Raia fez o famoso “puxadinho”. No espaço onde caberia apenas uma Romi-Iseta, uma vaga tamanho família.
A farmácia é apenas um dos milhares de estabelecimentos comerciais da cidade que se utilizam do espaço dos pedestres para acomodar seus clientes motorizados.
Basta pintar uma faixa no chão pronto: os passivos pedestres se apertem para atravessar por onde for possível. Cadeirantes, como sabemos, já perderam há muito tempo o direito de andar pelas calçadas de São Paulo.
A Pamplona é uma das típicas excrecências do “São Paulo way of life”: calçadas minúsculas, enorme fluxo de pedestres e estacionamento permitido nos dois lados da via.
No espaço que poderia ser destinado à ampliação das calçadas, construção de ciclovias, instalação de bancos ou plantio de árvores, apenas carros estacionados.
Mas como sabemos que em São Paulo a política de transportes privilegia o estacionamento de automóveis em detrimento do fluxo de pessoas (em bicicletas, à pé, de ônibus ou até em outros carros), a solução para melhorar o fluxo de pedestres em frente à Droga Raia deve ser mesmo cortar a árvore…
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