Saiu no Estadão desta quinta: só no primeiro semestre deste ano, 307 pessoas foram mortas em atropelamentos, uma média de 50 mortos por mês, ou 1,7 por dia. Isso para não contar os motoristas, motociclistas e ciclistas que perderam a vida em um “acidente”.
A reportagem do jornal acompanhou o Corpo de Bombeiros durante 24 horas: foram 33 chamados de resgate para vítimas de atropelamentos. Ou seja, um atendimento a cada 46 minutos. Isso sem contar as vítimas atendidas pelos próprios motoristas, viaturas de polícia e outros.
“O histórico é sempre o mesmo: ou o motorista passou no farol vermelho ou estava em alta velocidade e desrespeitou a faixa de pedestres”, disse o tenente Marcos das Neves Palumbo.
Além das vidas perdidas ou sequeladas, o custo em saúde pública é monstruoso. Mesmo assim, não vemos nenhum político, autoridade ou intelectual dizendo que o excesso de veículos é um problema para qualquer cidade.
No mais, continuo me perguntando: por que é lícito vender uma arma… ops, um automóvel que chega a 200km/h se o limite máximo de velocidade no país é de 120km/h? Por que as propagandas de automóveis não trazem avisos como as de cigarro: “carro mata, use com cuidado” ou então “carro provoca dependência, obesidade, poluição e stress”. Será que o custo em saúde pública é muito maior com as vítimas do cigarro do que com as vítimas dos automóveis, ou será que ninguém nunca fez essa conta?
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