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A imagem acima é do bicicletário da Estação Central de Amsterdã, na Holanda. Ao contrário da mentalidade subdesenvolvida que reina nos governos destas paragens tropicais, por lá há muito tempo já descobriram que a bicicleta amplia a mobilidade, humaniza a cidade e democratiza o espaço (principalmente se usada em conjunto com o transporte coletivo). Basta um pouco mais de vontade e um pouco menos de factóides por parte daqueles que gerenciam as cidades.
Em São Paulo, o caminho é inverso: os corredores exclusivos de ônibus foram liberados para os taxis, planeja-se construir imensas garagens na região central e os calçadões foram fechados para as pessoas e abertos para as máquinas. Tudo para expulsar os camelôs e permitir que a classe média chegue até as portas dos centros culturais e de consumo em suas carruagens particulares movidas a petróleo.
Táxi, o rei da rua
No caso dos taxis a situação beira o ridículo. Quando a gestão anterior construiu os corredores exclusivos para ônibus, o sistema de transporte público melhorou significativamente. Agora a prefeitura liberou os corredores para os taxis que estiverem transportando passageiros (difícil é fiscalizar o interior dos carros com os vidros pretos). E agora vai gastar dinheiro públcio com a campanha “Use táxi no rodízio“. Tudo para que os carro-dependentes não precisem se misturar com o populacho dentro de um ônibus ou perder a celulite caminhando nas calçadas esburacadas e sujas nos dias de rodízio.
Triste crônica do subdesenvolvimento (porque, como poderia dizer Zé Simão, “em desenvolvimento” é tucanar a pobreza através do gerúndio). Por essas e por outras que o Secretário de Obras e subprefeito da Sé, Andera Matarazzo, foi escrachado com muita criatividade no último dia 29. Vale a pena dar uma olhada.
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