Engraçado o comportamento festivo do homo-automobilis paulistano. Em vez de comemorar em uma praça, junto com outros torcedores, ele prefere passear de carro, buzinando durante o percurso para que todos ao redor sejam obrigados a compartilhar de sua alegria.
Fechar a Paulista para a festa popular, não pode; é necessário deixar o caminho livre para que meia dúzia de veículos infernizem a vida de 15 mil moradores com o buzinaço constante em plena manhã de domingo. A lei diz que a buzina serve apenas para alertar perigo, mas em São Paulo ela substitui a voz do cidadão na hora de pedir licença, xingar, avisar que está chegando, despedir-se e até na hora de gritar “É campeão”.
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