Na última sexta-feira (03.fev), oito ciclistas festejaram a 40a edição da Bicicletada paulsitana ajudando na sinalização das ruas. O encontro aconteceu, como sempre, na praça que existe no finalzinho da Paulista (quase na Consolação).
Entre a torre gospel e o prédio-outdoor, nossa pequena mensagem.
Fim de tarde bonito e trânsito lento enquanto colocávamos as primeiras placas.
Últimos acertos antes de sair.
Paulista X Augusta.
A cada parada, panfletos eram entregues para motoristas e pedestres.
Descemos a rua Augusta, que foi recapeada no final do ano passado. Quase dois meses depois da troca de asfalto, a pintura das faixas no chão ainda não foi efetuada. Alega-se que a chuva tem impedido os trabalhos…A informação sobre a sinalização pendente é destinada apenas aos motoristas. Afinal, pedestre não precisa saber sobre as faixas preferenciais para sua travessia.
Resolvemos dar uma força à Secretaria de Obras, que deve andar ocupada construindo rampa anti-gente (veja também este blog, no post de 21/12/2005) e cobrindo pedras portuguesas com asfalto nos calçadões do centro.
Senador Eduardo Suplicy, a caminho do cinema, recebeu panfleto da Bicicletada, gostou da idéia e disse que a bicicleta deixa em forma, é silenciosa e não polui o ambiente.
Nós seguimos a descida, deixando nossas pequenas bicicletas pelo caminho.
Como é bom pedalar no asfalto novo. Pena que os veículos motorizados e as concessionárias de serviços públicos esburacam tudo. Aí cada prefeito que assume, sem distinção partidária, faz um programa de recapeamento para mostrar que a gestão anterior não cuidava da cidade. Deve ser um tipo específico de asfalto, chamado “asfalto eleitoral”, feito para durar apenas 4 anos.
Nossa pequena mensagem no meio do caos. O giganstismo dos anúncios paulistanos é proporcional ao número de veículos e ao tamanho das avenidas. Para que o motorista consiga ser “atingido”, tudo tem que ser grande, apelativo, excessivo.
Nosso presente para o pessoal da Coopbike, a cooperativa de bicicletas que está surgindo em São Paulo: deixamos uma placa na árvore em frente à futura sede.
Chegando ao Theatro Municipal.
Em frente à prefeitura
Na entrada do estacionamento oficial.
Pedalamos até a 24 de maio, onde o antigo calçadão de pedras portuguesas foi coberto por asfalto e “aberto” para os carros. Na nova e larga “rua”, um carro passando. Na “calçada”, duas caçambas de entulho são suficientes para impedir o fluxo de pedestres.
Um carro estacionado em local proibido na “rua”…
… outro carro em cima da “calçada”.
Aproveitamos o começo de noite para mais uma volta por São Paulo, que tinha lua crescente, céu claro e trânsito bom… pelo menos para quem estava de bicicleta.PS: Antes que alguém pergunte, sim, fomos abordados duas vezes pela polícia.
Na primeira, a guarda municipal em frente à prefeitura achou que era a sinalização de um passeio ciclístico.
Na segunda, a Força Tática da PM cantou o pneu da viatura e abordou o grupo. De arma em punho, perguntaram o que se passava. Foram informados que era apenas uma ajuda à prefeitura para sinalizar as ruas. Policiais e guardas municipais também receberam panfletos da Bicicletada.
video: português: [archive.org]
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