O arquiteto não pode projetar o mundo de hoje, pois ele não há, ou há como desastre. Não estou falando apenas de preparar profissionais para que entrem no mercado. Trata-se de inverter a rota do desastre. Não é o caso de se perguntar se é possível. Tem de ser, caso contrário estamos fritos.
Por exemplo, a poluição, o transporte individual com o automóvel, é um paradigma fácil de enfrentar, não pode continuar assim.
Vamos ter em algum momento de nos livrar deste monstro que é o automóvel, um transporte individual que entope nossas ruas e atrapalha o tráfego útil, coletivo. Representa uma deseconomia que nenhuma sociedade sustenta. Somos mais ricos do que se imagina. A economia não tem ferramentas para avaliar qual o prejuízo diário de São Paulo por estas horas de tráfego parado.
(Paulo Mendes da Rocha em entrevista à revista Bravo)
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