(foto: maniefstación ciclonudista – Madrid)
No último sábado (10), milhares de ciclistas em dezenas de cidades ao redor do mundo participaram da Manifestação Ciclonudista (ou World Naked Bike Ride).
Segue o manifesto divulgado no site espanhol:
Justiça nas ruas, isto é o que exigimos com firme convicção e muita seriedade, mas desta vez com simpatia e alguns momentos agradáveis. Os carros nos impõe a sua lei: velocidade, prepotência, desrespeito e violência. Por isso, ao andamos de bicicleta diariamente, convertemos nossa mobilidade em um ato de desobediência cotidiano. Se nos manifestamos de bicicleta e sem roupas, convertemos nossa desobediência em um protesto exemplar.
Denunciamos que nossas ruas foram sequestradas pelo automóvel privado, que colapsa as cidades, degenerando-as em lugares hostis e perigosos. O carro mata e sua impunidade nos escandaliza. Muitos interesses de multinacionais belicistas do petróleo e do automóvel estão em jogo quando questionamos este modelo.
Propomos uma cidade onde as pessoas recuperem o seu espaço, onde se reduzam as necessidades de locomoção e onde esteja em primeiro lugar o pedestre (que somos todos) e os meios de transporte menos poluentes e mais eficazes.
Por que a bicicleta?
A bicicleta é um meio de transporte sustentável, saudável, ecológico e divertido. É um ícone, um símbolo de liberdade e um instrumento de transformação social. Não paga impostos, não gasta petróleo, não colabora com o desenvolvimentismo destruidor nem com a guerra global.
Por que sem roupas?
Por que nós sentimos nus diante do tráfego pela falta de respeito dos motoristas e o desdém dos governatnes. Com a nudez, fazemos visível a fragilidade de nossas “carrocerias”. Além disso, ao mostrarmos nosso corpo com naturalidade, rompemos o pudor, desmontamos tabus e nos livramos de padrões estéticos impostos pela moda e pela indústria textil transnacional.
Enfrentamos o tráfico urbano com o corpo nu sobre a bicicleta como a melhor forma de defender nossa dignidade e de viver a luta social.
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