As propagandas de veículos são tão repetitivas e entediantes quanto o ato de dirigir. Geralmente baseiam-se no estímulo ao individualismo, na exaltação da velocidade e na ilusão de poder e liberdade.
Outra característica comum é o fato das propagandas de carro sempre esconderem o mundo degradado resultante da própia cultura do automóvel. Nunca se vê um carro em um congestionamento ou em uma cidade poluída, espalhada e degradada.
Na “obra” acima, o carro (sempre sozinho) anda perto de uma árvore, aquela que a cultura do carro ajuda a destruir com sua poluição, desperdício de espaço e de recursos naturais.
“Pare de andar por aí atrás de felicidade e ande dentro dela”. Se o “mundo lá fora” é ruim e abandonado, para que participar dele? Isole-se no seu veículo, feche os vidros escuros e esqueça que você faz parte da cidade onde (sobre)vive.
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