bem-vindo, cadeirante


(Fran’s Cafe Heitor Penteado)

O local onde o carro branco está estacionado não é uma vaga. Por conveniência dos motoristas e conivência do estabelecimento, foi transformado em estacionamento.

A “vaga” atrapalha pedestres e, principalmente, cadeirantes que atravessam no local, além dos clientes do café, que são obrigados a se espremer entre os carros para entrar no estabelecimento.

É difícil encontrar segurança, gerente ou até mesmo proprietário de estabelecimento comercial em São Paulo que “peite” um motorista dizendo que o carro está em local impróprio. Soa como afronta. Uma parte dos motoristas acredita que todo espaço vago é local para deixarem sua propriedade particular. Ao serem contestados, costumam alegar que “ainda existe espaço para o pedestre passar” (ali, entre a bunda do carro e o poste, bem espremido, um de cada vez). Os mais exaltados xingam, ofendem e (não raro) chegam a ameaçar quem está solicitando a retirada da máquina.

Tão raro é encontrar um estabelecimento comercial em São Paulo que disponha de local reservado para o estacionamento biciceletas. Um paraciclo no local do carro branco não atrapalharia os pedestres e cadeirantes. Também tornaria o estabelecimento mais agradável, afinal é bem mais interessante tomar um café olhando para bicicletas e para a calçada do que recebendo o bafo quente do motor de um carro que ainda trata de tapar a sua visão.

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