“O desperdício não faz grandes nações e, nas que já foram ou são grandes, como a Roma Imperial ou os EUA de hoje, ele é um indicador do começo do fim.”, Marc Dourojeanni, em O Eco, sobre o desperdício de comida, raciocínio que pode ser transposto para outros recursos naturais.
“(…) embora políticos incentivem agressivamente o uso do etanol de milho produzido localmente como substituto do petróleo estrangeiro, a conversão faz pouco sentido do ponto de vista energético. Estudos mostram que a produção do etanol de milho cria quase a mesma quantidade de CO2 que a produção da gasolina. A queima do etanol em veículos oferece pouca, se algum, redução da poluição.”, Scientific American, em trecho reproduzido na Carta Capital.
Segundo o Banco Mundial, 15% da população mundial devora metade da energia disponível no planeta. Os EUA, que possuem 4% da população mundial, produzem sozinhos 25% dos gases de efeito estufa no planeta.
Além disso, entre os danos causados pelo automóvel, o aquecimento global é apenas uma pequena parte. O carro cria entraves urbanos de difícil solução, é responsável por uma epidemia de mortes em “acidentes” de trânsito, segrega as pessoas, transforma a cidade em um ambiente hostil, consome recursos (inclusive naturais) para construção de infra-estrutura, estimula a agressividade, promove o sedentarismo…
Substituir a frota estadunidense (ou paulistana) por veículos a álcool não tem nada a ver com preservação ambiental, mas sim com a preservação dos interesses econômicos da indústria automobilística.
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