(reprodução: carta capital)
Grata surpresa foi encontrar a matéria “O totem do capital” na edição desta semana da revista Carta Capital. A foto que abre o texto poderia ser complementada com a legenda: “pontes, túneis e viadutos são estruturas caríssimas que servem para ligar um congestionamento ao outro, esvaziam espaços humanos e consomem recursos de todas as ordens. Costumam gerar a ilusão de velocidade, que se transforma na angústia cotidiana do trânsito”.
(reprodução: carta capital)
Vale a pena ler a matéria inteira, que começa com o seguinte parágrafo “Assim como os antigos sacrificavam colheitas, gado e até os filhos a ídolos e ícones aos quais seus sacerdotes atribuíam poderes imensos e uma profundidade insondável, a humanidade da era industrial sacrifica tempo, espaço, riquezas naturais e, às vezes, as próprias vidas a essas máquinas às quais os publicitários atribuem virtudes igualmente mágicas. Até as guerras empalidecem ante as estatísticas do trânsito, sem que isso inspire tanto horror quanto seria de esperar. Trata-se de sacrifícios humanos socialmente aceitos.”
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