Em Londres, por exemplo, a prefeitura abriu a Trafalgar Square aos pedestres. A praça, uma das mais famosas da cidade, ainda recebeu um lindo gramado para celebrar a convivência entre as pessoas, a sustentabilidade e o espaço público.
Ao sul do Equador, o subdesenvolvimento predatório segue apostando no automóvel.
Curitiba vai destruir uma praça para “desafogar o trânsito”.
São Paulo promete fechar mais alguns calçadões no centro.
Enquanto Nova Iorque vai investir US$7,5 bilhões para construir mais uma ligação ferroviária com New Jersey* São Paulo continua jogando dinehiro no lixo para tentar aliviar o caos motorizado.
Uma pirâmide? Não, uma ponte para ligar um congestionamento ao outro
(foto: João Luiz Gomes/SECOM – Prefeitura)
Abaixo, algumas pontes e viadutos** em construção na capital:
– viaduto sobre a avenida Águia de Haia (230m de extensão): R$15, 3 milhões
– prolongamento da av. Jacu-Pêssego: R$230 milhões
– viaduto Jaraguá, sobre os trilhos da CPTM (153,5m de extensão): R$11,7 milhões
– complexo Jurubatuba: R$110 milhões
– ponte sobre o Rio Pinheiros (a obra faraônica da foto acima): R$ 233 milhões
Além dos R$490 milhões em pontes e viadutos, outros R$61,7 milhões serão gastos na reforma de sete viadutos:
– viaduto Antonio Abdo (Conselheiro Carrão): R$8,3 milhões
– ponte Engenheiro Roberto Rossi Zuccolo (Cidade Jardim): R$ 23,7 milhões
– elevado do Glicério: R$ 21,7 milhões
– viaduto Alberto Badra: R$ 3,8 milhões
– viaduto João Julião (Beneficência Portuguesa): R$ 4,2 milhões
– viaduto do Café: R$ 7,3 milhões
– viaduto Florêncio de Abreu: R$ 2,5 milhões
Resta torcer para que as idéias do ex-prefeito de Bogotá Antanas Mockus, que passou pela capital paulista nos últimos dias, encontrem eco na administração paulistana.
Afinal, salvo alguns espamos administrativos, lá se vai quase um século de prioridade absoluta ao automóvel em detrimento das pessoas.
* para acessar o site do New York Times, utilize os serviços do Bugmenot
** fonte Diário Oficial do Município, 17 de maio
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