Sim, os alemães gostam muito de carros. Como também gostam de bicicletas, cerveja e futebol.
Talvez a diferença esteja no verbo: eles gostam; os paulistanos são dependentes e nutrem um amor psicótico por seus veículos, considerando-os um símbolo de status e uma arma de opressão contra os demais cidadãos.
BMWs, Audis e Mercedes circulam por todos os lados em Munique. Sempre dando seta ao dobrar esquinas, sempre parando na travessia de pedestres, respeitando os limites de velocidade e mantendo distância segura de ciclistas.Repito o que escrevi antes: nos três dias de bicicleta por Munique, não fui ultrapassado por nenhum automóvel a menos de 2 metros de distância, não vi nenhuma cara feia nem ouvi nenhuma buzina.
Nas ruas residenciais, o limite de velocidade é de 30km/h. Nas ruas secundárias, sobe para 50km/h. Preciso dizer que são respeitados?
Um detalhe fundamental: enquanto a burka brasileira fica cada vez mais escura, em Munique eu pude contar nos dedos de uma mão o número de carros que usavam as películas do medo (também conhecidas no Teceiro Mundo como insul-filmes).
Talvez porque os alemães saibam que o isolamento dos vidros escuros atrapalha bastante a visibilidade no trânsito, tanto para quem está do lado de fora, quanto para quem está dirigindo um carro, comprometendo a seguranca e a boa convivência entre todos os usuários das ruas.Afinal, os alemães de Munique já descobriram que a visão é um dos sentidos fundamentais para evitar mortos e feridos no trânsito.
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