Nada é perfeito

Eckart e Hili, meus anfitriões em Salzburgo, contaram que os congestionamentos na cidade são frequentes e cada vez maiores. Disseram ainda que os que optam pela bicicleta chegam mais rápido ao destino. Disso eu já sabia morando em São Paulo…Não botei muita fé na história do trânsito, mas depois de alguns dias na cidade vi que a batalha pela convivência pacífica e pela mobilidade sustentável ainda não está vencida em Salzburgo.

Guardadas as proporções, vi ruas congestionadas durante a semana.

No sábado e no domingo, não foram poucos os “boys” (como dizemos aí em São Paulo) que eu vi “apavorando” com suas máquinas barulhentas. Cantadas de pneu, buzinas, arrancadas…

Depois de Munique, fiquei mal acostumado.

Haralt, um dos filhos de Eckart e Hili, me explicou que os idiotas eram turistas que visitavam a região dos lagos e das montanhas vizinhos à cidade. Com a chuva no final de semana, foram todos “tirar chinfra” no centro.

A construção de cidades humanas, onde o automóvel é apenas um meio de transporte (e não uma arma de opressão ou status) leva tempo e depende de múltiplas ações. Uma delas é a punição de quem desrespeita as leis e as normas de convivência.

Nos dias em que os “boys” espantavam o tédio agredindo pessoas com seus motores, também vi policiais atentos. Meus anfitriões contaram que, não raro, quem abusa dos automóveis acaba ao menos levando uma lição de moral dos guardas.

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