Fila para “check in” no aeroporto de Cumbica, domingo (28). O país que matou os trens agora sofre com o caos aéreo.
A culpa não é deste ou daquele governo e a solução não passa pela privatização da Infraero ou por milhões de reais para ampliação dos aeroportos.
A culpa é da histórica (e interminável) seqüência de políticas rodoviaristas que acabaram com o transporte sobre trilhos, permitindo o surgimento de máfias aero e rodoviárias para o transporte de pessoas no Brasil.
Aviões são veículos desconfortáveis, grandes ônibus vedados, onde não é possível esticar as pernas, ir até o vagão restaurante ou descer nas paradas para tomar um café e contemplar o céu da madrugada.
Aviões deveriam servir para ligar grandes distâncias. Ônibus rodoviários deveriam desempenhar papel regional de transporte, cumprindo pequenas distâncias e ligando cidades pequenas.
Enquanto os trens continuarem a ser vistos como veículos de carga para exportar minérios, pouco mudará no grande irmão do sul.
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