Vandalismo, “acidente” ou apenas uma porta aberta para o exercício do direito de ir e vir?
Uma boa quantidade de dinheiro está sendo gasta em estruturas de “disciplinamento” de pedestres.
A quantia poderia ser investida na pintura de faixas, em calçadas decentes ou na instalação de semáforos específicos, estruturas que realmente visam a segurança dos transeuntes.
Atravessar fora da faixa pode não ser legal, mas é absolutamente legítimo em uma cidade que considera pedestres cidadãos de quinta categoria.
Ou será que legítimo é ter 10 segundos para atravessar quatro pistas, esperar 3 minutos no canteiro central e depois ter mais dez segundos para atravessr as outras quatro?
Quem anda a pé não polui, não congestiona as ruas, não mata ninguém atropelado, interage com a cidade e ajuda a manter a vida no espaço público.
Quem deve ser domesticado é o automóvel, não o pedestre. A inversão desta lógica destrói a cidade, causa mortes e acaba com o espaço público.
Seguindo a observação astuta do Betones nos comentários, adiciono como “PS” a sugestão: arrancar e reposicionar as cercas em locais mais úteis, transformando-as em belos paraciclos por toda a cidade.
Pedestre não mata motorista
O pedestre que se dane
Repressão preventiva
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