Das alternativas à estupidez

No verão de 2007, a StreetFilms de Nova Iorque foi até Bogotá conferir a transformação da cidade depois que os carros deram lugar às pessoas.

Abaixo, uma tradução livre de alguns trechos do vídeo Lessons From Bogotá, produzido na capital colombiana.

(Gil Peñalosa) “Há apenas 10 anos, a bicicleta não era importante em Bogotá e qualquer um poderia ser eleito sem sequer mencioná-la. Hoje, ninguém é eleito nem para o menor cargo da cidade sem incluir bicicletas e espaços para pedestres como parte fundamental da sua campanha.”

(Aaron Naprstek) “Em uma das partes muito pobres da cidade, com ruas de terra e vacas pastando, o que me chamou a atenção foram as ciclovias e calçadas, tão boas, tão bem projetadas como as que existem na Holanda, na Dinamarca…”

(Gil Peñalosa) “Nesta rua você vê um espaço bem largo para ciclistas e outro para pedestres… Essa rua poderia estar nas áreas mais ricas de Nova Iorque, mas o que é mais incrível é que ela está em uma das áreas mais pobres de Bogotá. Se olhar ao redor, verá que as ruas da vizinhança sequer são asfaltadas. E esse é o melhor caminho para levar os filhos à escola.”

(Eduardo Plata) “Essa não é uma rua que serve apenas para o transporte, é um lugar onde as pessoas podem conviver, onde elas encontram os amigos…”

(Gil Peñalosa) “Hoje existe uma rede de ciclorotas integrando toda a cidade. Quando Enrique (Peñalosa) foi prefeito, foram construídos 300km de ciclovias em três anos.”

(Aaron Naprstek) “Gil foi um excelente guia, e uma das coisas que ele ‘martelava’ na minha cabeça é que não se trata de orçamento, de dinheiro… Fazer esse tipo de mudança depende essencialmente de uma decisão política.”

(Karla Quintero) “Um dia fomos almoçar em uma das zonas mais luxuosas da cidade, que hoje é uma área exclusiva para pedestres, onde ficam os melhores restaurantes de Bogotá.”

(Leo Katz – dono de restaurante) “Antes, os carros vinham e paravam na porta de cada restaurante para deixar os clientes ou então estacionavam ali mesmo. Hoje você sente a mudança, que foi extremamente positiva para todos. Durante a noite ou à tarde você vê pessoas andando pelas ruas. Onde antes haviam carros, hoje você vê pessoas, você vê vida…”

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