“Aproveitando-se da dificuldade que o cérebro (e em especial o sistema emocional) tem para distinguir entre a realidade e as imagens virtuais, a televisão reduz e degrada as interações entre as pessoas e destas com o território, substituindo-as pela contemplação de um espaço virtual selecionado intencionalmente a serviço da comercialização em grande escala.
O escapismo virtual está fazendo que muitas pessoas deixem de perceber a forte deterioração que está sofrendo o território. E também o que acontece com as pessoas “reais”, como seus vizinhos, companheiros e familiares. As pessoas reais são substituídas por virtuais (talvez esteja aí uma das razões pelo sucesso de novelas e da mídia de fofocas) e, com isso, dificulta-se a articulação de relações coletivas, tão necessárias para a sobrevivência e para cuidar do território.
A televisão mostra e torna sedutor um modo de produção insustentável ao planeta. Destrói a imensa diversidade de produções locais (que carecem de poder para influenciar a tevê), em geral menos agressivas para o meio ambiente, e as substitui por uma produção massiva e homogênea, controlada por um número muito reduzido de grandes companhias.”
traduzido do ConsumeHastaMorir
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