“Monark vai ao trabalho… e você vai depressa!
Com Monark você pode acordar com calma, chegar ao trabalho em tempo e voltar para casa mais cedo! Com Monark Você corre feliz… terá mais tempo livre para seus filhos e sua família! Monark vai a todos os lugares
… e a vida corre feliz!”
Em agosto de 1961, um exemplo simples e concreto de “responsabilidade ambiental” na era pré-capitalismo vídeo-financeiro.
A foto usada na publicidade é de um bicicletário real, instalado na própria fábrica. Não se trata de computação gráfica ou cenário feito quilos de espuma e plástico para ser jogado no lixo 24 horas depois.
O estacionamento de bicicletas da Monark era usado tanto pelos empregados da linha de montagem, quanto por diretores, técnicos e até pelo presidente da empresa.
Quem me contou a história foi um vizinho, ex-funcionário da Monark, que também ia trabalhar de bicicleta.
Hoje o vizinho, já idoso, só anda de carro e aluga minha vaga de garagem. Já as imagens publicitárias, ao contrário do simpático anúncio acima, poucas vezes condizem com práticas reais das empresas.
Falou em “sustentabilidade”, procure o departamento de marketing (e não o de produção, recursos humanos, infra-estrutura…).
Em tempos onde a coerência deu lugar à fabricação do consenso, o “marketing verde” (sic) faz apenas o que seu nome diz: ajuda as empresas a manter sua hegemonia econômica em um mundo onde o politicamente correto substituiu o pensamento crítico.
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