O transporte parou, mas a cidade não

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(foto: reuters)

Pela primeira vez em 25 anos os trabalhadores do sistema de transporte coletivo de Nova Iorque entraram em greve. Ônibus, metrôs e trens deixaram de funcionar no dia de hoje. A população usou bicicletas ou foi à pé até o trabalho, a imprensa deu amplo destaque às alternativas de locomoção pela cidade e a administração municipal tomou diversas medidas para minimizar o caos.

Quando comparamos o New York Times com qualquer jornalão paulistano durante greves tupiniquins, fica nítida a diferença: lá a imprensa cumpriu o seu papel de prestação de serviços, informando amplamente sobre alternativas de locomoção.

Também não dá pra comparar a atitude da prefeitura novaiorquina com o total desleixo das administrações brasileiras quando ocorre algo semelhante por aqui (afinal, o consenso nestas bandas é de que transporte público é coisa para pobres, portanto, cidadãos de segunda categoria).

Entre as medidas do prefeito Bloomberg, duas chamaram a atenção:

– apenas carros com mais de 4 pessoas estão autorizados a entrar na ilha de Manhattan
– um amplo sistema de compartilhamento de taxis foi colocado em prática, levando passageiros cujos destinos eram próximos.

Igualzinho ao Brasil, não?

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