Enquanto a prefeitura dá sequência ao projeto de construir garagens subterrâneas no centro, o estacionamento de bicicletas em São Paulo segue dependendo de postes, cercas, caixas de correio e outros improvisos no caótico mobiliário urbano das calçadas.
Apesar de aprovada há mais de dez meses, a lei 13.995 (que prevê instalação de bicicletários) ainda não saiu do papel por falta da regulamentação (feita por decreto pelo Executivo).
No caso das garagens subterrâneas, a lei (13.688) é da ex-prefeita Marta Suplicy e foi aprovada em dezembro de 2003. José Serra, no entanto, levou apenas seis meses de mandato para regulamentá-la com o decreto 45.980. “Prioridades”, já dizia o ex-prefeito na sua campanha.
Segundo o site da prefeitura, a “revitalização (sic) do centro exige a construção de estacionamentos”. São 40 mil vagas disponíveis na região. Segundo a própria prefeitura, boa parte destas vagas são irregulares, instaladas em prédios históricos e outros locais inadequados (ainda que legais).
Não haveria nenhum problema na construção das garagens para substituir os estacionamentos inadequados. Mas não é isso que está previsto: as garagens serão construídas para acrescentar vagas às já existentes, estimulando o uso do automóvel na região que tem a mais farta rede de transporte público da cidade. “Prioridades”…
(veja a íntegra das leis no Disco Virtual)
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[…] “revitalização motorizada” dos subterrâneos é projeto antigo e tem custo estimado em R$ 20 milhões, valor que a iniciativa privada local não estaria […]